Tropas de vários países africanos estão a postos para intervir na Gâmbia, caso o presidente cessante não ceda o poder.
Tropas de vários países africanos estão a postos para intervir na Gâmbia, caso o presidente cessante não ceda o poder.
Num derradeiro esforço diplomático, o chefe de Estado da Mauritânia, Mohamed Ould Abdel Aziz, deslocou-se a Banjul para um encontro com Yahya Jammeh, poucas horas antes da meia-noite, quando expirava o mandato do homólogo gambiano.
Aziz deslocou-se depois ao vizinho Senegal, onde terá confirmado o fracasso da reunião, segundo um porta-voz do governo senegalês.
Jammeh, à frente dos destinos da Gâmbia há 22 anos, recusa ceder o cargo a Adama Barrow, vencedor das eleições de 1 de dezembro. Refugiado no Senegal, Barrow garante que irá hoje ao seu país para a cerimónia de investidura.
Milhares de gambianos fugiram do país, com receio de uma guerra civil ou intervenção militar externa. Vários países europeus recomendaram aos cidadãos que se encontram a fazer turismo na Gâmbia, que regressem a casa. A Comunidade Económica de Estados da África Ocidental ameaça enviar soldados para o país, se Jammeh não deixar o poder.