O executivo cubano espera que Donald Trump respeite a soberania e a independência da ilha, no processo de reconciliação iniciado por Barack Obama.
O executivo cubano espera que Donald Trump respeite a soberania e a independência da ilha, no processo de reconciliação iniciado por Barack Obama.
O apelo foi lançado por Raul Castro durante a quinta cimeira da Comunidade dos Estados Latinoamericanos e do Caribe – CELAC – na República Dominicana.
Longe de uma condenação unânime das novas políticas de Washington, os líderes do chamado “eixo bolivariano” limitaram-se a rejeitar “a criminalização da imigração clandestina”, o protecionismo, o racismo e a xenofobia.
“A solução para parar a imigração não passa por muros ou fronteiras, mas pela solidariedade, humanismo e a defesa da paz e do bem-estar para todos. Os problemas do mundo não serão resolvidos enquanto não conseguirmos assegurar uma repartição justa da riqueza”, afirmou o presidente equatoriano Rafael Correa.
A reunião foi marcada pela ausência dos presidentes do México e da Colômbia, assim como de qualquer crítica direta à construção do muro anti-imigração defendido por Donald Trump.
Se o líder cubano Raul Castro espera prosseguir o processo de normalização com Washington, já o presidente Venezuelano, Nicolas Maduro, limitou-se a apelar à unidade, “contra os riscos que ameaçam a América Latina”.
Nas conclusões finais da cimeira os estados-membros exigiram igualmente que a ilha de Guantanamo seja restituída a Cuba, no quadro do processo de normalização com os EUA.
Apelos que contrastam com as palavras de Trump sobre o diálogo bilateral, depois do novo presidente ter ameaçado suspender as discussões com Havana, na ausência de novas concessões do regime sobre temas como os direitos humanos ou a economia de mercado.