Forte criação de empregos nos EUA e Japão pode dar uma ajuda adicional

Access to the comments Comentários
De  Patricia Cardoso  com Reuters, AFP
Forte criação de empregos nos EUA e Japão pode dar uma ajuda adicional

A economia norte-americana criou 227 mil postos de trabalho no mês de janeiro. O número é o maior em quatro meses e supera as expectativas dos analistas. Estes esperavam 170 mil novos empregos.

Vendas a retalho, construção e serviços financeiros foram os setores onde houve maior criação de postos.

No entanto, a taxa de desemprego subiu uma décima para 4,8%, já que milhares de norte-americanos regressaram ao mercado do trabalho.

Trata-se do último relatório do emprego da era Obama e o primeiro da presidência de Donald Trump que, durante a campanha, tinha criticado as estatísticas oficiais estimando que não refletem a realidade.

Na conferência de imprensa de 11 de janeiro, Trump reiterou a promessa de criar empregos e declarou mesmo que “será o maior produtor de empregos que Deus já criou”.

Trump poderá vir a contar com a ajuda do Japão.

O governo nipónico está, segundo fontes internas, a preparar um plano que poderá criar 700 mil empregos nos Estados Unidos, com um investimento de 150 milhões de dólares em infraestruturas, durante dez anos.

O plano deverá ser apresentado pelo primeiro-ministro Shinzo Abe, na próxima semana, durante a visita aos Estados Unidos.

Ainda esta semana, Shinzo Abe afirmava que pretendia explicar a Trump que “só a indústria automóvel japonesa emprega um milhão de pessoas, sem contar com outros setores”.

Os países asiáticos e as respetivas multinacionais tentam manter o acesso ao importante mercado norte-americano, numa altura em que Trump retirou os Estados Unidos da Parceria Trans-Pacífico e ameaçou impôr taxas aduaneiras elevadas a produtos importados. São algumas medidas da política protecionista de Trump, cujo lema é “Primeiro a América”.