A Rússia diz que o reconhecimento dos passaportes emitidos pelos rebeldes separatistas do leste da Ucrânia respeita a legislação internacional.
A Rússia diz que o reconhecimento dos passaportes emitidos pelos rebeldes separatistas do leste da Ucrânia respeita a legislação internacional. As autoridades das regiões de Donetsk e Luhansk dizem já ter emitido documentos para 48.000 pessoas.
Nos enclaves separatistas, a decisão do Kremlin é vista com bons olhos. Um residente de Donetsk afirma que “é preciso [para] viver” e que “não se pode ficar sempre no mesmo sítio”. E acrescenta que “os aeroportos e comboios não funcionam, é como um gueto”.
Como seria de esperar, do lado de Kiev a reação é de ira. O presidente ucraniano criticou vivamente a medida russa e questionou a legalidade do gesto de Vladimir Putin, que no sábado aprovou um decreto “temporário” para reconhecer os documentos separatistas.
Petro Poroshenko diz que “soube pelo vice-presidente [norte-americano] da decisão de Putin de reconhecer os passaportes dos territórios ocupados. É mais uma prova da ocupação russa e da violação da legislação internacional”.
Esta segunda-feira, Berlim, classificou como “inaceitável” a decisão do Kremlin, considerando-a contrária aos acordos de paz de Minsk. A França, que com a Alemanha supervisiona a implementação dos acordos, também a classificou de “lamentável”.