O novo cessar-fogo no leste da Ucrânia entrou em vigor esta segunda-feira, sem registo de novos incidentes entre tropas ucranianas e milícias pró-russas.
O novo cessar-fogo no leste da Ucrânia entrou em vigor esta segunda-feira, sem registo de novos incidentes entre tropas ucranianas e milícias pró-russas.
Os separatistas afirmam, no entanto, que só vão retirar a artilharia pesada da zona desmilitarizada se a trégua for respeitada durante, pelo menos, 24 horas.
O cessar-fogo é uma condição essencial para que os dois campos possam discutir uma solução política para o conflito, nas próximas semanas, no quadro dos acordos de Minsk.
Uma residente da região separatista de Donetsk afirma:
“Eles primeiro disparam e depois tomam algum tipo de decisão. E decidiram parar os confrontos esta segunda-feira e não ouvimos ainda nenhuma explosão”.
O cessar-fogo é, no entanto, marcado pelo bloqueio do transporte de carvão entre as zonas separatistas e Kiev.
Um grupo de antigos combatentes ucranianos, na origem do movimento, envolveu-se ontem em confrontos com a polícia durante um protesto na capital.
Os manifestantes tentaram, sem sucesso, instalar várias tendas frente ao edifício da presidência em Kiev.
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, voltou a apelar ao fim do bloqueio:
“Quero sublinhar que não estão a bloquear as áreas separatistas de Donetsk e Lugansk. Estão a bloquear a Ucrânia e a nossa luta para restaurar a nossa integridade territorial”.
Os ativistas denunciam a forma como a continuação das trocas comerciais com os territórios separatistas contribuem para o financiamento dos rebeldes.
Kiev afirma, por seu lado, que o bloqueio do transporte do carvão extraído na zona leste do país poderia deixar milhões sem eletricidade e aquecimento.