Pelo menos cinco pessoas morreram e 43 ficaram feridas na sequência dos ataques russos das últimas horas. Entre os feridos estão quatro bombeiros que tentavam extinguir um incêndio crítico em Chernihiv.
As forças russas foram implacáveis nas últimas horas. Pelo menos cinco civis morreram e outras 43 pessoas ficaram feridas na sequência dos ataques russos em toda a Ucrânia nas últimas 24 horas, segundo informaram as autoridades esta segunda-feira.
A Força Aérea da Ucrânia disse que as forças russas lançaram 84 drones do tipo Shahed e três mísseis S-300 durante a noite. As defesas aéreas intercetaram 59 drones, mas 22 drones e três mísseis atingiram vários locais no país.
Na região de Chernihiv, quatro bombeiros bombeiros ficaram feridos e foram levados para o hospital depois de terem sido alvo de um ataque de um drone russoe, segundo informou o serviço Estatal de Emergência da Ucrânia.
A equipa dos serviços de emergência estava a combater um incêndio que surgiu depois de um ataque anterior de um drone ter atingido o distrito de Nizhyn na região.
Na última noite, a Rússia também lançou drones em direção às regiões de Sumy e Kramatorsk.
Na região de Sumy, pelo menos 12 pessoas ficaram feridas, uma das quais em estado crítico, depois de mísseis terem atingido um campo agrícola nos arredores da cidade de Boromlya. Os agricultores que trabalhavam no campo estavam a fazer a colheita.
"O alvo do inimigo era um campo pacífico onde estavam a trabalhar máquinas agrícolas. As pessoas que estavam a fazer a colheita ficaram feridas em resultado do ataque, disse o governador da região, Oleh Hryhorov, no Telegram, acrescentando que o equipamento, incluindo tratores, também ficou danificado.
Outras nove pessoas ficaram feridas em Kramatorsk, na região de Donetsk, depois de a Rússia ter atingido o centro da cidade com três bombas guiadas.
Os ataques ocorrem um dia depois de a Ucrânia ter atingido uma das principais refinarias de petróleo da Rússia, provocando várias explosões e um incêncio na instalação petrolífera que é uma das maiores da Rússia, responsável pela produção diária de mais de 350.000 barris de petróleo bruto.
Pouco depois do ataque, os preços do petróleo registaram uma subida esta segunda-feirafeira.
Kiev afirma que a repressão da indústria petrolífera russa, que, segundo o país, financia a guerra do Kremlin, irá pressionar a Rússia a aceitar negociar o fim dos combates.
No domingo, o presidente dos EUA, Donald Trump, apelou aos aliados da NATO para deixarem de comprar petróleo russo, numa publicação na sua rede social Truth Social, sublinhando que isso "enfraquece muito" a posição negocial da NATO e o seu poder de negociação sobre a Rússia.