Guatemala bloqueia barco de ativistas do direito ao aborto

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A marinha da Guatemala apresou uma embarcação da associação de defesa dos direitos das mulheres, “Women on Waves”.

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A marinha da Guatemala apresou uma embarcação da associação de defesa dos direitos das mulheres, “Women on Waves”.

O pequeno iate deveria lançar uma campanha de cinco dias em favor da despenalização do aborto, com a distribuição de “pílulas do dia seguinte” a mulher com até 10 semanas de gravidez.

As autoridades impediram as militantes de descer a terra, no porto de San Jose, nos arredores da capital, afirmando que não declararam até agora o motivo da viagem.

Segundo uma das ativistas, Marleni Arias:

“Elas pensaram que seria uma boa oportunidade para vir à América Latina pela primeira vez para promover a despenalização e a legalização do aborto como um direito humano para as mulheres”.

A IVG é atualmente ilegal na Guatemala, salvo em casos em que a vida da mãe se encontra em risco.

As ativistas pretendem desafiar a legislação do país, com a distribuição de pílulas do dia seguinte, ao largo das águas internacionais, a grupos de cinco mulheres de cada vez.

Uma ação que enfrenta a oposição dos meios mais católicos:

“É um pecado. Porque é que não vão para a Holanda e matam lá as crianças? Já temos muitas maldições na Guatemala e não precisamos mais”.

A associação baseada em Amsterdão, multiplica há anos este tipo de ações para defender o direito ao aborto.

Em 2015 as ativistas tinham utilizado drones para distribuir pílulas abortivas na Polónia, outro país católico onde o aborto só é permitido em caso de perigo de vida para a mãe.

Após um virulento debate no parlamento, o exército da Guatemala afirmou que, “não permitirá que a ONG efetue as suas atividades no país”, sob ordens do presidente Jimmy Morales.

Segundo a “Women on Waves”, cerca de 67 mil mulheres morrem todos os anos na sequência de abortos clandestinos.

Na Guatemala, o número anual de IVGs ilegais ascende a 65 mil, quando as complicações de saúde deste tipo de cirurgias representam a terceira causa de morte entre as mulheres do país.

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