Corrupção na Coreia do Sul: Herdeiro da Samsung clama inocência em tribunal

Corrupção na Coreia do Sul: Herdeiro da Samsung clama inocência em tribunal
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De  Francisco Marques
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O filho do presidente da líder mundial do mercado de "smartphones" está detido há duas semanas e fez-se representar pelo advogado na primeira audiência do julgamento.

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O herdeiro e vice-presidente da Samsung declarou-se inocente esta quinta-feira, na primeira audiência do julgamento do caso de corrupção que envolve a presidente da Coreia do sul.

Lee Jae-young é suspeito de ter pagado 43,3 mil milhões de won (quase 40 milhões de euros) em subornos a Choi Soon-sil, a confidente de Park Geun-Hye, a chefe de Estado sul-coreana, em troca do apoio do governo a uma fusão de duas filiais da Samsung numa operação vista como essencial para a sucessão familiar na liderança da empresa.

O ministério público considerou ainda como subornos a doação de 20,4 mil milhões de won (cerca de 16,7 milhões de euros) a duas fundações controladas pela amiga da Presidente.

(2nd LD) Samsung heir denies all criminal charges at first trial https://t.co/M91SJX8gyq

— Yonhap News Agency (@YonhapNews) 9 de março de 2017

Sob custódia das autoridades há cerca de duas semanas, mas ausente do tribunal, onde esteve representado pelo advogado, o filho do presidente da Samsung negou todas as acusações.

A associação da Samsung ao escândalo de corrupção que envolve a Presidente sul-coreana teve um efeito negativo logo em janeiro junto dos investidores da líder do mercado mundial de “smartphones”, que esta quinta-feira voltaram a revelar-se cautelosos até pelo eventual processo de destituição de Park Geun-Hye, que pode resultar deste julgamento.

O escândalo que pode levar à queda da Presidente envolve ainda outras grandes empresas como a Hyundai, a maior fabricante automóvel da Coreia do Sul, ou a Lotte, o líder do mercado retalhista sul-coreano.

Em dezembro, o presidente da Hyundai, Chung Mong-koo, foi interrogado pelo ministério público sul-coreano e alegou não se lembrar de ter estado envolvido num suspeito negócio de 6,2 mil milhões de won (5,1 mil milhões de euros) com uma empresa publicidade virtualmente controlada pela amiga da Presidente, a pessoa no centro da rede deste alegado esquema de corrupção.

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