ONU acusa Turquia de violar Direitos Humanos dos militantes curdos

A Organização das Nações Unidas acusou o Governo da Turquia de cometer graves violações dos Direitos Humanos em operações contra militantes curdos, desde o fim do cessar-fogo, em 2015.Segundo um relatório, divulgado esta sexta-feira, as “operações de segurança do Governo”, no sudeste da Turquia, fizeram com que entre 335 mil e 500 mil pessoas, sobretudo curdas, tenham sido obrigadas a abandonar as suas casas.
New report: Massive destruction & serious human rights violations since July 2015 in southeast #Turkeyhttps://t.co/Z3NTEFu7eZpic.twitter.com/tL51p9LJvp
— UN Human Rights (@UNHumanRights) March 10, 2017
O documento diz, ainda, que há evidências de “destruição massiva, homicídios e numerosas violações graves dos Direitos Humanos cometidos entre julho de 2015 e dezembro de 2016.”
“Parece que nenhum suspeito foi detido e nenhum indivíduo foi processado pelas violações ocorridas durante este período. O Governo da Turquia tem, repetidamente, falhado em dar-nos acesso, mas, no entanto, contestou a veracidade das acusações, muito graves, incluídas neste relatório”, afirma o porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Rupert Colville.
Centenas de mortes ilegais e a destruição de quase 1800 edifícios são algumas das denúncias do documento.
O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, que Ancara não autorizou a entrar na zona, realizou o relatório tendo por base imagens de satélite da Organização, entrevistas com as vítimas, testemunhas ou familiares, e em informações de Organizações Não Governamentais.
Com: AFP