Síria: EUA mobilizam mais militares para o assalto final a Raqa

Síria: EUA mobilizam mais militares para o assalto final a Raqa
De  Francisco Marques

O contingente norte-americano no apoio às SDF, no norte da Síria, deverá passar para cerca de 1000 homens, mas cresce o receio de outros conflitos locais estarem iminentes.

Os Estados Unidos enviaram um reforço de mais 400 militares para a Síria para ajudar as Forças Democráticas Síria, as SDF, com um total de cerca de 1000 operativos militares no assalto final a Raqa, o último grande bastião no território sírio do grupo terrorista autoproclamado Estado Islâmico (“daesh”/ ISIL).

Os “jihadistas” estão a ser combatidos em várias frentes na Síria e existem ainda focos de combate também nas províncias de Idlib e Alepo, alguns entre as forças leais ao Presidente Bashar al-Assad e grupos da oposição descritos pelo regime como “terroristas”, à imagem dos militantes do ISIL.

Envolvidos nesta guerra aos terroristas do “daesh” na Síria estão rebeldes sírios apoiados pela Turquia, as SDF apoiadas pelos Estados Unidos e o exército sírio apoiado pela Rússia e o Irão.

Em Raqa, as SDF, garantiram já esta sexta-feira possuir os recursos militares suficientes para reconquistar ao “daesh”, em poucas semanas, o controlo da cidade em poucas semanas.

Com esta mensagem, a coligação de forças anti-Assad apoiadas pelos Estados Unidos e que inclui as milícias curdas YPG, rejeitam a intervenção da Turquia ou do exército sírio na zona.

A agência de notícias Sana denunciou, entretanto, o bombardeamento turco de posições afetas ao exército de Assad, em Manbij, na província de Alepo.

A agência turca Anadolu relatou, por seu turno, a morte na última semana no norte da Síria de mais de 70 alegados “terroristas”, incluindo nestes as milícias YPG que têm vindo também a combater na região o autoproclamado Estado Islâmico.

As forças turcas lideram a chamada “operação Escudo de Eufrates” no norte da Síria e, de acordo com a agência, estarão a proceder à desminagem de zonas próximos a Al-bab,Qabasin e Bzagah.

O receio de que esta guerra em várias frentes aos terroristas do “daesh” possam degenerar num conflito entre grupos rivais no norte da Síria está a aumentar.

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