"São necessárias medidas urgentes para travar o sarampo"

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A Roménia e a Itália foram aconselhadas a tomar medidas urgentes para lidar com os recentes surtos de sarampo.

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A Roménia e a Itália foram aconselhadas a tomar medidas urgentes para lidar com os recentes surtos de sarampo.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), só a Roménia registou 1,532 casos entre agosto e janeiro, o triplo quando comparado com os 643 casos dos seis meses anteriores.

A Itália também viu o número de casos triplicarem entre dezembro e janeiro, o último mês de dados da OMS disponíveis.

“Apelo a todos os países endémicos a adotarem medidas urgentes para travar a transmissão do sarampo entre fronteiras. Todos os países que já conseguiram fazer devem manter a sua guarda e manter uma cobertura elevada de imunização, declarou Zsuzsanna Jakab, diretor regional da OMS para a Europa. “Juntos temos que garantir que o muito custoso progresso feito para a eliminação regional não está perdido”, disse.

Jakab explicou também que “face a um progressivo caminho para a eliminação em dois anos, é preocupante assistir ao crescimento dos casos de sarampo na Europa”.

“Hoje, os padrões de viagens fazem com que ninguém ou qualquer país esteja a salvo do vírus do sarampo. Os surtos vão continuar na Europa, como em todo o lado, até que todos os países atinjam o nível de imunização desejado para proteger as suas populações”, alertou.

Tanto a Itália como a Roménia têm taxas de imunização abaixo do nível dos 95% que a OMS diz serem necessários para proteger a vasta maioria das populações contra um surto.

Portugal está basicamente livre da doença, mas já este ano foram registados dois casos.

A vacina contra o sarampo foi inventada nos anos 1960 e duas décadas depois estava já generalizada.

Mas anos mais tarde, a doença ainda persiste. O norte e o sul do continente americano foram declarados zonas livres do sarampo em 2016. A OMS adiou o calendário para a erradicação noutras regiões.

A Europa é também a líder mundial quando se fala de ceticismo em relação à vacinação.

Em França, 40% dos inquiridos no estudo de opinião “Projeto de Confiança em Vacinação 2016” afirmaram não acreditar na segurança da vacina, enquanto um quinto das pessoas questionadas em Itália e Roménia mostraram desconfiança nelas.

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