China e Rússia avisam EUA e Coreia do Norte para evitarem a guerra

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De  Francisco Marques
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O agravar da tensão levou o Pentágono a mobilizar um porta-aviões para a península coreana e Pyonyang a admitir uma resposta nuclear se atacada.

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China e Rússia advertiram esta sexta-feira Estados Unidos e Coreia do Norte para pararem com as provocações militares sob perigo de iniciarem uma guerra na peninsula coreana. Para Pequim, esta seria “uma situação em que todos perdem e ninguém ganha.”

A Coreia do Norte tem vindo alegadamente a testar de forma recorrente o lançamento de mísseis e os Estados Unidos assumem-se determinados em resolver o que o Presidente Donald Trump descreve como “um problema”, as supostas provocações militares norte-coreanas.

Depois de ter acelerado em fevereiro o processo de implementação de um sistema de mísseis defensivos na Coreia do Sul, junto à fronteira com o controverso vizinho do norte, o Pentágono dez deslocar esta semana para a região da península coreana um porta-aviões.

#UPDATE US is assessing 'military options' as North Korea nuclear or missile test looms https://t.co/7lfzziEIpSpic.twitter.com/2cpji4rJ1s

— AFP news agency (@AFP) 14 de abril de 2017

A Coreia do Norte, por sua vez, ameaça poder vir a realizar em breve um teste nuclear, admitiu o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros do regime de Kim Jong-un, deixando ainda uma ameaça a Washington.

“Se os Estados Unidos vierem realizar manobras de forma imprudente, nós poderemos confrontá-los com um ataque preventivo. Já temos na nossa possa um potente dissuasor nuclear e não iremos certamente ficar de braços cruzados perante um ataque preventivo dos Estados Unidos”, afirmou Han Song Ryol, em entrevista à Associated Press.

A entrevista aconteceu depois de Donald Trump ter acusado pela rede social Twitter que “a Coreia do Norte está a procura de problemas”. “Se a China decidir ajudar, será ótimo. Se não, iremos resolver o problema sem eles”, partilhou o Presidente dos Estados Unidos, reiterando na quinta-feira, à margem da reação ao ataque norte-americano realizado no Afeganistão, que “a Coreia do Norte é um problema, o problema será tratado.”

Esta sexta-feira, o Wang Yi, o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, apelou “a todas as partes envolvidas, seja na diplomacia ou nas ações, para pararem com as provocações e as ameaças uns aos outros.”

China calls for halt to U.S.-North Korea tensions https://t.co/D0ZJpfur2Opic.twitter.com/9icTPtaH8v

— TIME (@TIME) 14 de abril de 2017

A companhia áerea Air China decidiu, entretanto, suspender a partir de segunda-feira os voos regulares que mantém entre Pequim e Pyongyang. Não foi avançado nenhuma justificação para a suspensão e os meios de comunicação chineses adiantam que noutras ocasiões estes voos já têm sido cancelados devido à falta de passageiros.

Também a Rússia, através de Dmitry Peskov, o porta-voz do Kremlin, apelou a todos os países envolvidos para mostrarem moderação e evitar qualquer ação que possa ser entendida como provocação na península coreana.

Na Coreia do Norte, estão em curso os preparativos para a celebração, este sábado (15 de abril), do 105.° aniversário de Kim Il Sung, o fundador da nação e avô do atual líder, Kim Jong-un. Há receio de que Pyonyang queira assinalar a data com a realização de um teste nuclear.

Apesar do agravar da tensão militar em toda a região internacional, nas ruas da capital norte-coreana ninguém parece, porém, preocupado e a vida continua com aparente normalidade. Pelo menos, de acordo com as imagens que nos foram enviadas desde Pyongyang no âmbito dos preparativos para o também chamado “Dia do Sol”, o aniversário do fundador.

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