O Presidente da Venezuela acusa Washington de querer “assaltar o poder político” venezuelano e ativou um plano de defesa para garantir a ordem interna e a estabilidade no país face à vaga de manifesta
O Presidente da Venezuela acusa Washington de querer “assaltar o poder político” venezuelano e ativou um plano de defesa para garantir a ordem interna e a estabilidade no país face à vaga de manifestações sociais.
“O departamento de Estado dos Estados Unidos ordenou um ataque contra o Governo revolucionário e instituições venezuelanas, para aprovar uma intervenção imperialista e submeter o nosso país a uma nova escravidão”, declarou Nicolas Maduro.
No palácio presidencial de Miraflores, durante uma reunião de Governo, o chefe de Estado anúncio da ativação do Plano estratégico especial cívico militar para conter os protestos.
O chefe de Estado venezuelano afirmou que o presidente do parlamento, Júlio Borges, cometeu um “delito contra a Constituição”, ao pedir, às Forças Armadas Venezuelanas (FAV) para que reflitam sobre “o papel” que desempenham no país, e pedindo que termine a repressão dos protestos. Borges vai ser processado por ter instigado “abertamente um golpe de Estado”, disse Maduro.
Liderada por Henrique Caprilles, a oposição anunciou para hoje uma grande manifestação de protesto, no mesmo dia em que o governo prometeu uma “marcha histórica”, para assinalar o 207.º aniversário da ‘revolução’ de 1810, que levou à independência do país. A intenção dos opositores é realizar a “mãe de todas as marchas”, em todos os 24 estados do país.
Os protestos são contra a alegada rutura constitucional e contra duas sentenças em que o Supremo Tribunal de Justiça limita a imunidade parlamentar e assume as funções do parlamento, onde a oposição detém a maioria.
Desde o início de abril, uma onda de manifestações violentas matou seis pessoas em confrontos com a polícia.
Perante este cenário, o gabinete do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos advertiu o governo de Nicolás Maduro que a entrega de armas a civis só irá exacerbar a tensão e o conflito. Onze países da América Latina pediram também à Venezuela que “garanta” o direito a manifestações pacíficas.
O exército renovou em comunicado o seu “incondicional” apoio ao chefe de Estado.