A decisão de Washington de armar as milícias curdas da Síria foi vivamente criticada na Turquia.
O presidente Tayyip Erdogan exigiu a Trump que volte atrás na decisão, quando o tema deverá marcar a agenda da visita do chefe Estado turco a Washington, na próxima semana.
Durante uma conferência de imprensa em Ancara, Erdogan voltou a denunciar o apoio a uma força, como os separatistas do PKK, considerada um grupo terrorista no país.
“A luta contra a organização terrorista do grupo Estado Islâmico não pode ser levada a cabo com outra organização terrorista. Este tipo de passo coloca em risco o futuro da Síria e da região. A situação atual da Síria ilustra bem as consequências deste tipo de decisões erradas”.
Washington justifica o fornecimento de armamento pesado aos combatentes, como uma forma de apoiar a operação em curso das chamadas Forças Democráticas da Síria para retomar a cidade de Raqqa, a capital do grupo Estado Islâmico no país.
As forças rebeldes anunciaram, esta quarta-feira, ter retomado o controlo sobre a cidade estratégica de Taqba, após seis meses de batalha, às portas de Raqqa.
Um grupo de forças norte-americanas tinha sido filmado, nas últimas horas, em Derik, na fronteira entre a Síria e o Iraque, por onde os EUA poderiam iniciar o fornecimento de armas aos combatentes nos próximos dias.