Os palestinianos, na Cisjordânia, foram chamados, este sábado, às urnas para escolher os executivos municipais.
As eleições aumentaram a tensão entre os movimentos rivais Fatah e Hamas. O escrutínio é visto com um teste à popularidade do presidente Mahmud Abbas. > Palestinians hold local elections in West Bank but not Gaza https://t.co/Pb6oNHWrKA
— Reuters Top News (@Reuters) May 13, 2017
Os palestinianos escolhem os representantes de 145 conselhos da Cisjordânia, ficando a Faixa de Gaza de fora das eleições. “É preciso aumentar a percentagem de votos para dizer ao mundo que temos democracia na Palestina. Infelizmente não há eleições em Gaza, mas esperamos e rezamos para que, na próxima vez, tenhamos eleições em toda a Palestina”, afirmou um dos candidatos da Fatah, Maher Kanawati. O escrutínio foi precedido por discussões políticas e legais. O Movimento de Resistência Islâmico (ou Hamas, acrónimo em árabe desta organização islamita palestiniana), que controla a Faixa de Gaza, acusou a Autoridade Palestiniana, de Abbas, de ter tomado a decisão unilateral de prosseguir com a votação antes de se alcançar um acordo sobre um quadro legal. “As eleições estão a decorrer sob o controlo dos serviços de segurança na Cisjordânia e, em coordenação, com o inimigo israelita, com o objetivo de assegurar a política de um partido. O resultado não será positivo para a nação da Palestina. Pelo contrário, vai fortalecer a divisão entre a Cisjordânia e Gaza”, afirmou o porta-voz do Hamas, Fawzi Barhoum. O Hamas boicotou as anteriores eleições municipais, realizadas em 2012. As últimas eleições legislativas ocorreram em 2006, dando a vitória ao Hamas o que levou à cisão com a Fatah que, apoiada pelo Ocidente, controla a Cisjordânia. As últimas sondagens revelam que se fossem realizadas eleições parlamentares, o Hamas venceria em Gaza e na Cisjordânia.