Donald Trump resiste às novas revelações no caso “RussiaGate”, em pose de vítima, e nas redes sociais.
Na sua conta Twitter, o presidente norte-americano classificou a nomeação de um procurador especial para prosseguir e alargar o inquérito, como, “a maior caça às bruxas contra um político na história americana”.
This is the single greatest witch hunt of a politician in American history!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) May 18, 2017
Trump retomou ainda as acusações de campanha, para denunciar a ausência de uma investigação aos “atos ilegais” da anterior administração.
Face à pressão do Congresso, o Departamento de Justiça nomeou o antigo diretor do FBI, Robert Mueller para liderar o inquérito a todos as eventuais ligações entre a Rússia e a equipa de Trump.
Como explica Jessica Levinson, Professora da Faculdade de Direito Loyola:
“Uma investigação especial tem um campo mais específico, mas quanto mais se avança, e mais pessoas são interrogadas e mais documentos são reunidos, o inquérito torna-se mais vasto e é esse o temor de muitos dentro da administração – que o inquérito se torne tentacular”.
A nova fase do inquérito – sob alçada do FBI até ao despedimento do diretor James Comey, na semana passada – permite agora contornar qualquer influência do Departamento de Justiça.
Um dado essencial para a oposição democrata, depois das alegações de que Trump teria pressionado Comey a suspender a investigação em curso.