Suíça vira costas ao nuclear e aposta tudo nas energias renováveis

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Helvéticos foram uma vez chamados às urnas para decidir uma proposta de lei já aprovada no parlamento e com impacto direto na carteira das famílias, mas em nome do futuro comum.

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A Suíça aprovou este domingo, em referendo, a “Estratégia Energética Dois Mil e Cinquenta”, uma nova lei energética proposta pelo governo, que vira costas ao nuclear e investe nas energias renováveis. A medida já havia sido aprovada pelo parlamento com a oposição apenas do partido nacionalista antieuropeu da União democrática do Centro.

Conhecido pelos diversos referendos que promove para validar as decisões do governo, a chamada às urnas deste domingo mobilizou uma participação acima dos 42 por cento. E, com 58 por cento do escrutínio a ir para o “sim”, os helvéticos aprovaram um aumento da fatura de eletricidade para permitir uma transição mais rápida do país para as energias renováveis.

Mittlere Differenz zwischen letzter Umfrage (15-20 Tage vor Abstimmung) und Endresultat; SRG- und Tamedia-Erhebungen im Vergleich pic.twitter.com/E7G8bq3wUS

— gfs.bern (@gfsbern) 21 de maio de 2017

A oposição estima um agravamento do custo anual da energia para os consumidores de 3500 francos suíços (quase 3000 euros). A presidente da Confederação suíça e ministra da energia, Doris Leuthard, garante que o impacto médio nas famílias será de 40 francos (pouco mais de 35 euros) anuais.

Dos 26 cantões que formam a Suíça apenas quatro terão votado a favor da manutenção da aposta na energia nuclear.

Doris Leuthard nimmt Stellung zum für sie höchst positiven Abstimmungsausgang. ^ls #ES2050pic.twitter.com/hDwg5c0qGw

— SRF News (@srfnews) 21 de maio de 2017

A política mais ecológica da Suíça começou a ser desenvolvida após o acidente de Fukushima, no Japão, há seis anos.

Com a decisiva aprovação deste domingo, o governo vai agora aumentar um pouco mais o valor da energia e retirar uma parcela das próximas faturas de eletricidade dos consumidores para investir diretamente no desenvolvimento, até 2035, de centrais de energia hidráulica, eólica e solar. Doris Leuthard garante que o trabalho energético não está feito, com este triunfo nas urnas, “este foi apenas o primeiro passo”, sublinhou.

La suite encore dans le brouillard https://t.co/d0dh2ygimx#Suissepic.twitter.com/B9sLOWCiz5

— Tribune de Genève (@tdgch) 21 de maio de 2017

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