Donald Trump no alvo após críticas ao "mayor" de Londres

Donald Trump no alvo após críticas ao "mayor" de Londres
De  Francisco Marques
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Oportunismo do Presidente dos EUA custou-lhe inclusive nova censura pela senadora Republicana Susan Collins.

O Presidente dos Estados Unidos está no centro de todas as críticas depois de ter vindo a público, através da rede social Twitter, apontar o dedo ao presidente da Câmara de Londres.

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Donald Trump sublinhou os sete mortos e os 48 feridos na sequência do ataque terrorista de sábado à noite na capital britânica e depois criticou a reação de Sadiq Khan em que este referiu não haver motivo para alarme.

O problema é que as declarações do “mayor” londrino foram retiradas do contexto pelo chefe da Casa Branca. Sadiq Khan havia referido numa entrevista que “os londrinos” iriam “ver um aumento de presença policial”, mas que “sem razões para alarme.”


Citada pela BBC, o executivo de Sadiq Khan disse haver “coisas mais importantes a fazer do que responder ao senhor Trump”, o qual havia “de forma delibrada retirado as declaraões do contexto.”

O próprio embaixador dos Estados Unidos em Londres contrariou a posição crítica de Trump e saiu em defesa de Sadiq Khan.

“Eu elogio a forte liderança do ‘mayor’ de Londres na condução do avanço da cidade depois deste hediondo ataque”, expressou Lewis Lukens através da vonta oficial da embaixada norte-americana na capital britânica.


Momentos depois da publicação dos controversos “twits”, Donald Trump participou num evento solidário em Washington e enviou de viva voz “as condolências, as orações e a mais profunda simpatia da América às vítimas do diabólico massacre (de sábado à noite em Londres)”.

“Reforçamos o nosso compromisso — mais forte do que nunca — de proteger os Estados Unidos e os seus aliados de um inimigo vil que impôs a guerra a inocentes. Isto já dura há demasiado tempo. Esta carnificina tem de parar. Esta carnificina vai acabar”, prometeu uma vez mais Donald Trump.

O sucessor de Barack Obama aproveitou ainda o atentado de Londres para voltar à carga na defesa do bloqueio à entrada nos Estados Unidos de cidadãos de seis países islâmicos, uma medida que tenta impôr desde que tomou posse, mas que tem sido recusada pelos tribunais como anticonstitucional.

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Este aproveitamento foi também condenado, inclusive pela camarada Susan Collins. Após já ter ficado desiludida com a rejeição do Acordo do Paris, a senadora republicana considerou não ter sido adequado o momento escolhido por Trump para voltar a falar do “veto migratório” e lembrou que a medida já foi recusada duas vezes pelos tribunais.


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