António Guterres alerta para tragédia no Sudão do Sul

António Guterres alerta para tragédia no Sudão do Sul
De  Miguel Roque Dias  com REUTERS; LUSA

Depois de visitar vários campos de refugiados, António Guterres pediu à comunidade internacional que reúna esforços para colocar fim ao conflito no Sudão do Sul.

António Guterres lançou, esta quinta-feira, o alerta de que África vive o maior êxodo desde o genocídio no Ruanda, há 23 anos.

Na abertura da cimeira de Solidariedade com os Refugiados, em Kampala, a capital do Uganda, e depois de visitar vários campos de refugiados, o secretário-geral das Nações Unidas pediu à comunidade internacional que reúna esforços para colocar fim ao conflito no Sudão do Sul.


“Os líderes do Sudão do Sul são responsáveis mas nós somos todos responsáveis por não termos ajudado a criar condições para que este país que emergiu, enquanto país independente, viva em paz e harmonia, com as suas diferentes comunidades. Penso que a comunidade internacional precisa fazer tudo o que for possível para parar este terrível sofrimento do povo do Sudão do Sul”, apela o secretário-geral da ONU.

Guterres lamentou que a situação tenha piorado, desde o início da violência em dezembro de 2013, obrigando a que mais de 1 milhão e oitocentas mil pessoas tivessem de procurar refúgio nos países vizinhos.

O secretário-geral da ONU elogiou as políticas do Uganda que viu a população de refugiados aumentar, no último ano, de 500 mil para mais de um milhão e duzentas mil pessoas.


A Organização espera conseguir mobilizar mais de 2 mil milhões de dólares para atender às necessidades. Os dadores internacionais já se comprometeram com mais de 350 milhões.


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