Desde 2015, vários pretextos levaram o governo de Recep Tayyp Erdoğan a proibir o evento
Na Turquia, a polícia reprimiu, com violência, as poucas dezenas de pessoas que se juntaram na praça Taksim de Istambul para celebrar a marcha do orgulho gay, que estava proibida pelas autoridades. Os polícias que, segundo os testemunhos, eram mais que os manifestantes, fecharam várias ruas e chegaram a disparar balas de borracha contra quem participava no evento. Houve ainda confrontos entre os ativistas LGBT e uma contramanifestação organizada por grupos de extrema-direita. Foram feitas quatro detenções. Ao mesmo tempo, um tribunal absolveu onze pessoas que estavam a ser julgadas por terem participado na marcha de há um ano, apesar da interdição.
A marcha gay de Istambul chegou a ser considerada uma das mais importantes do Médio Oriente e juntou dezenas de milhares de pessoas na última edição, que aconteceu em 2014. Desde 2015, vários pretextos levaram o governo de Recep Tayyip Erdoğan a proibir o evento, que nos últimos anos, tal como este ano, coincidiu com o fim do Ramadão. Várias ações levaram o governo de Erdogan a ser considerado homofóbico, embora oficialmente a homossexualidade não seja reprimida no país, ao contrário de outros países da região.
#Turkey police showing lack of respect for freedom and human rights. We stand with #IstanbulPride. #Pride2017https://t.co/B4LrQOQbFQ
— Amnesty UK LGBTI (@AmnestyUK_LGBTI) June 25, 2017