Terceira "zona segura" na Síria

Terceira "zona segura" na Síria
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De  Nelson Pereira
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Criada 3ª "zona segura" na Síria, a norte da cidade de Homs, na sequência dos acordos entre o exército russo e rebeldes

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Uma trégua deverá entrar em vigor esta quinta-feira, numa zona próxima da cidade síria de Homs, na sequência de um acordo entre o exército russo e rebeldes, sobre a criação de uma 3ª “zona segura” destinada a estabelecer um cessar-fogo duradouro no país, em guerra desde 2011.

Esta área, localizada a norte de Homs, compreende 84 localidades com uma população de mais de 147 mil habitantes, segundo o Ministério da Defesa da Rússia.

A criação de quatro “zonas seguras” na Síria, foi decidida em maio pela Rússia, Turquia e Irão no âmbito das negociações de um cessar-fogo, e confirmada durante as conversações de paz no Cairo entre responsáveis russos e opositores sírios, em julho.

O cessar-fogo vai ser cumprido pelos grupos de oposição moderados e pelos destacamentos das forças governamentais, mas a trégua exclui o grupo Estado Islâmico e o Jabhat Fateh al-Sham (ex-Frente al-Nusra, outrora identificada com a al-Qaeda), informou o porta-voz do Ministério da Defesa russo, o general Igor Konachenkov.

De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, entre as cidades afetadas pelo cessar-fogo estão Rastane, Talbisseh e al-Houla, entre as primeiras que se revoltaram contra o presidente Bashar al-Assad em 2011.

Essas cidades ficaram sob controlo da oposição em 2012, escapando ao grupo Estado islâmico. As áreas a norte de Homs foram ultimamente atacadas pela artilharia do exército sírio e bombardeadas.

Esta é a terceira “zona segura” criada depois das do sudoeste da Síria e de Ghouta oriental, perto de Damasco.

Uma quarta “zona segura” deverá ser instalada na região noroeste de Idleb, na sequência de um acordo alcançado no início de julho em Astana, no Cazaquistão.

Segundo Konachenkov, os militares russos serão responsáveis ​​por “separar as partes em conflito, vigiar o cessar-fogo e garantir o acesso aos comboios humanitários e a evacuação de doentes e feridos”.

À oposição caberá desbloquear o troço rodoviário que liga Homs a Hama, que atravessa a “zona segura”.

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