Eleições Gerais Angola2017: O que precisa de saber

Eleições Gerais Angola2017: O que precisa de saber
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De  Francisco Marques
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Mais de 9,3 milhões de angolanos são chamados esta quarta-feira, 23 de agosto, às urnas para eleger uma nova Assembleia Nacional e, por conseguinte, um novo Presidente.

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Quase 10 milhões de eleitores são chamados esta quarta-feira a eleger um novo Parlamento e por conseguinte um novo Presidente para Angola. Líder do país desde 1979, José Eduardo dos Santos, que celebra 75 anos a 28 de agosto, anunciou em março do ano passado o afastamento da vida política ativa.

Sem visitar Portugal de forma oficial desde 2009 e as relações bilaterais algo fragilizadas por questões judiciais, o presidente angolano tem sido presença regular em Espanha nos últimos tempos, onde — diz-se, sem confirmação oficial — tem feito tratamentos a um problema de saúde não revelado à nação.

Após as Eleições Legislativas de 2008, denunciadas pela UNITA por alegadas irregularidades e ganhas de forma esmagadora pelo Movimento Popular de Libertação de Angola, com 82 por cento dos votos, o Governo eleito promoveu uma alteração na Constituição para mudar o processo eleitoral em Angola. Foi decretado que os angolanos voltariam às urnas em 2012 para a realização de Eleições Gerais.

O novo formato de sufrágio permite escolher a Assembleia Nacional, havendo 130 deputados eleitos pelo círculo nacional e mais cinco pelos círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país, ou seja mais 90, num total de 220 assentos parlamentares.

O cabeça de lista do partido ou coligação mais votado passou a ser automaticamente eleito Presidente da República e chefe de Governo.

Com 10 partidos aceites para constar no boletim de voto, há cinco anos o MPLA voltou a ser o grande vencedor, com 71,84 por cento dos votos, e José Eduardo dos Santos foi reconduzido como Presidente.

#Eleições Gerais de 2017: E agora?

João Lourenço é o designado pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), o partido no poder desde a independência em 1975, para suceder a José Eduardo dos Santos, em caso de triunfo nestas segundas Eleições Gerais desde a mudança da Constituição em 2010.

O maior partido da oposição, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), vai contar com Isaías Samakuva, que em 2012 não foi além dos 18,66 por cento dos votos e contestou os resultados.

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A Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), de Abel Chivukuvuku, foi a terceira mais votada em 2012 (6 por cento).

Na sondagem informal realizada pela euronews desde o dia 15 de agosto, através da rede social Facebook, a CASA-CE surge como a força política preferida dos nossos seguidores para estas eleições.

No total seis partidos concorrem nestas Eleições Gerais, com um candidato designado à presidência:

  • UNITA (Isaías Samakuva);
  • APN (Quintino Moreira);
  • PRS (Benedito Daniel);
  • MPLA (João Lourenço);
  • FNLA (Lucas Gonda);
  • CASA-CE (Abel Chivukuvuku).

As seis forças políticas receberam do governo 1040 milhões de kwanzas (5,5 milhões de euros), de modo equitativo, para financiamento das respetivas campanhas eleitorais.

Em maio, o Ministério da Administração do Território entregou à Comissão Eleitoral Nacional o Ficheiro Informático de Cidadãos Maiores, a listagem dos 9.317.294 eleitores registados para eleger uma nova Assembleia Nacional e um novo chefe de Estado e de Governo.

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