O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, já avisou que o Reino Unido está disposto a pagar mas é preciso rever valores.
O dinheiro move o mundo mas pode também dificultar as relações.
Se nos anos 80, do século passado, o Reino Unido exigiu que a então CEE devolvesse dinheiro, agora é Bruxelas que exige a Londres que liquide as contas para sair da União Europeia.
A fatura pode ultrapassar os 100 mil milhões de euros.
O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, já avisou que o Reino Unido está disposto a pagar mas é preciso rever valores. “Alguns dos valores que vi, parecem-me muito elevados e, claro, cumpriremos as nossas obrigações. Vocês sabem, que somos pessoas honestas, que pagam as contas… Não devemos pagar um penny a mais nem a menos daquilo que pensamos ser o valor das nossas obrigações”, assegura.
Os empresários britânicos pedem celeridade no processo de negociações, e pressionam o Governo de Theresa May, de modo a tomarem as medidas necessárias para evitar maiores constrangimentos com o Brexit.
Exemplo disso, são os grandes fabricantes de automóveis que dependem de uma cadeia eficiente de fornecedores internacionais.
Outro ponto sensível, a fronteira entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda.
Bruxelas receia que Londres esteja a utilizar o processo de paz como “moeda de troca” para acelerar as negociações comerciais.
No início de agosto, o Reino Unido divulgou a sua proposta onde afirma que não quer o regresso de uma fronteira física e onde defende uma transição suave.
O Governo garantiu, ainda, que serão os tribunais britânicos a regular os acordos sobre os direitos dos cidadãos da União a ver no Reino Unido.