João Lourenço vai ser o novo presidente de Angola. Quem o diz é a Comissão Nacional de Eleições apos quase 98 % dos votos contados. Mas o segundo maior partido da oposição, a Unita, não aceita.
Segundo a CNE, o MPLA recolhia 61 % dos votos, a Unita quase 27 % e o CASA-CE 9,5 %. Neste cenário o MPLA sofre uma quebra face às últimas eleições gerais, perde 25 parlamentares, mas conserva a maioria qualificada, com 150 deputados já eleitos, acima da fasquia dos 147.
A Unita rejeita os resultados. Claudio Silva, representant do partido na CNE declarou que o processo violou a lei e os principios democráticos. Já na quinta-feira delegados da oposiça na CNE rejeitaram a validade do processo de contagem.
Quanto ao voto, os observadores portugueses foram claros. Luis Vales, do Partido Social Democrata, afirmou que “estiveram em 14 assembleias de voto e em cada uma delas não houve qualquer incidente. Tudo teve uma boa metodologia, desde a chegada dos eleitores até ao voto propriamente dito”.
António Filipe, observador do Partido Comunista Português, afirmou ter havido uma grande evolução desde as eleições de 2008 e que permitiu às pessoas votar mais facilmente. O processo foi rápido e os eleitores tiveram todo o apoio necessário no ato eleitoral e isso pode ser visto por todos”.
Recorde-se que a União Europeia apenas esteve presente com uma equipa simbólica no terreno.
Nestas que são as quartas eleições do país, a abstenção cifrou-se nos 23 %.