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A morte do fair play financeiro

A morte do fair play financeiro
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De  Bruno Sousa
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Verão de 2017 apenas veio mostrar que introdução do fair play financeiro não teve impacto na gestão dos clubes europeus

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Dois mil e dezassete foi o ano de todas as loucuras no futebol europeu e os principais clubes do Velho Continente não olharam a meios na hora de reforçar a equipa. Os negócios milionários sucederam-se a um ritmo que só tem paralelo no verão de 1992, quando Papin, Vialli e Lentini bateram o recorde de transferências por três vezes em dois meses.

Neymar é o novo alvo a abater mas os 222 milhões de euros que o Paris Saint-Germain pagou por ele, mais do dobro do anterior recordista, Paul Pogba, elevaram a fasquia para valores que ninguém ousava sequer imaginar há um par de meses.

A UEFA bem tentou evitar que os clubes perdessem a cabeça ao implementar o fair play financeiro em 2011 mas a abordagem cautelosa ao mercado durou apenas um ano e desde então os gastos com transferências não pararam de aumentar. As boas intenções da UEFA não passaram disso mesmo.

Afinal de contas, se clubes como o Rapid Bucareste e o Málaga foram impedidos de participar nas competições europeias por não cumprirem o fair play, a verdade é que nunca houve coragem para fazer o mesmo com gigantes como o Manchester City ou o PSG.

Para ajudar à festa, as omissões nos regulamentos levam a soluções cada vez mais criativas. O empréstimo com compra obrigatória é já um clássico e o expoente máximo é Kylian Mbappé, que no próximo verão renderá 180 milhões de euros aos cofres do Mónaco, mas o campeão da originalidade é Patrik Schick.

O atacante checo troca a Sampdoria pela Roma num empréstimo de cinco anos, com o clube de Génova a receber já cinco milhões, mais nove para tornar o negócio permanente, mais vinte em fevereiro de 2020, mais oito dependentes do rendimento do jogador.

O fair play financeiro morreu.

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