AFD "implode" após tornar-se o terceiro partido alemão

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A festa foi curta para o partido eurocético e xenófobo AFD que revela as divisões internas menos de 24 horas após tornar-se a terceira força política alemã.

A co-presidente do Alternativa para a Alemanha, Frauke Petry surpreendeu a formação ao anunciar esta manhã que não vai ocupar o seu lugar na nova bancada do partido no parlamento.

Uma surpresa patente na expressão do porta-voz do AFD, Christian Luth, durante o anúncio de Petry, que se tornou “viral” nas redes sociais.

Erstes Highlight des Tages: der Blick von @christianlueth#afd#BTW17pic.twitter.com/8WUkoTRb0W

— Julian Heissler (@pjheissler) September 25, 2017

Apontada como uma “moderada”, Petry, que tinha sido eleita pelo estado da Saxónia, justificou a decisão evocando divergências com a ala mais radical.

Classificando o partido como “anárquico” durante a campanha, Petry afirmou preferir manter-se fora do parlamento para cumprir, segundo ela, “o objetivo de chegar ao governo”.

“Depois de uma cuidadosa avaliação decidi que não vou sentar-me no grupo parlamentar do meu partido”, declarou Petry que abandonou a sala pouco depois sem responder a perguntas.

Uma decisão que, para o analista político Peter Marschall, da Universidade de Duesseldorf, pode encerrar uma estratégia face à dificuldade de Angela Merkel poder formar uma coligação tripartida com ecologistas e liberais:

“A ‘coligação Jamaica’ é a única opção para formar um governo de coligação. E neste aspeto não há outra alternativa. A alternativa seria a convocação de eleições antecipadas mesmo que os principais partidos no parlamento não tenham qualquer interesse em repetir o sufrágio temendo que a AFD pudesse sair vitoriosa de uma nova eleição”, afirma Marschall.

O partido, que obteve 12,6% dos votos no sufrágio de Domingo, tenta agora relativizar as divisões, quando promete ser uma “oposição construtiva”.

A formação onde vários membros não escondem a sua simpatia pelo nazismo ou o seu ódio face aos estrangeiros anunciou que a sua primeira proposta no parlamento será a abertura de uma comissão de inquérito à gestão da crise dos refugiados durante o anterior mandato de Angela Merkel.

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