"A arte obriga-nos a pensar além das fronteiras," Gerfried Stocker, diretor artístico do Festival Ars Electronica
Quando um robô pisca e emite sons é chegado o momento de arte, arte eletrónica. O Festival Ars Electronica, na cidade austríaca de Linz, recebe artistas e cientistas que lidam com o futuro do nosso mundo e sociedade. Venha conhecer a edição de 2017.
Na série Light Barrier, uma equipa de artistas coreanos e britânicos criou hologramas no nevoeiro, estruturas tridimensionais que consistem apenas de luz.
Na performance premiada deste ano, contam uma história abstrata do círculo da vida, desde o nascimento até a morte e o renascimento.
Um artista da Coreia do Sul faz com que seja possível regressar ao útero . Através de pequenas colunas de som pressionadas contra o corpo, podemos sentir os sons daquilo que nos rodeia, uma experiência que o artista diz estar perto daquilo que um bebé ouve na barriga da mãe.
Às vezes, a máquina aprende com os seres humanos. Este órgão é funciona como um papagaio, ele tenta repetir os sons e frases do seu professor humano.
“A arte obriga-nos a pensar além das fronteiras. Questionar se, com a tecnologia que temos, é possível ir além daquilo que a indústria nos diz ou se podemos fazer outras coisas. A função da arte não é explicar-nos a tecnologia, mas uma das capacidades da arte é ajudar-nos a entender a importância e as consequências da tecnologia. E talvez isso ajude a que sejamos mais confiantes na forma como abordamos os desenvolvimentos tecnológicos,” afirmou o diretor artístico da Ars Electronica, Gerfried Stocker.
Isto lembra-nos que os robôs podem ser um perigo para a sociedade e para o mundo, como o computador renegado na série de filmes Terminator.
Mas também há robôs como este: com movimentos lentos cria formas a partir de cordas que atravessam a sala. O que deve lembrar-nos para, de vez em quando, não fazer nada.
Tradicionalmente, o festival Ars Electronica ocupa vários espaços na cidade de Linz. Um dos mais impressionantes é a Mariendom, a enorme catedral no centro da cidade. Este ano, acolheu uma performance imersiva de luz, videoarte e drones criados por dois artistas de Taiwan.
As imagens do espetáculo “L’Enfant” simbolizam a energia da edição de 2017 do Festival Ars Electronica.
Ficamos a aguardar pelo festival do próximo ano para nos mostrar o futuro do nosso mundo e sociedade através da arte de hoje.