Foi registado um aumento da presença do isótopo Ruthenium 106, após a monitorização dos níveis de radioatividade em vários países europeus.
O aumento dos níveis de radioatividade na atmosfera registados nas últimas semanas na Europa terá sido causado por um possível acidente numa central nuclear na Rússia ou no Cazaquistão.
Segundo um relatório do Instituto francês de Proteção Radiológica e de Segurança Nuclear (IRSN), foi registado um aumento da presença do isótopo Ruthenium 106, após a monitorização dos níveis de radioatividade em vários países europeus.
Detection of #Ruthenium 106 in France and in Europe in late September : Results of IRSN’s investigations and updated information on the plausibility of the origin of the releasehttps://t.co/C5ztzDniiDpic.twitter.com/1cMDrSxobk
— IRSN France (@IRSNFrance) November 9, 2017
Segundo o instituto, não há riscos para a saúde pública ou para o ambiente.
“No momento da fabricação de uma fonte ou no momento do tratamento de um afluente radioativo contendo Ruthenium 106, algo pode ter funcionado incorretamente resultando na vaporização de Ruthenium 106 que é mais volátil do que outros radionuclídeos”, conta o vice-presidente do IRSN, Jean-Marc Péres.
O instituto revelou, ainda, que as autoridades russas afirmaram não ter registo de qualquer incidente no seu território e que ainda não foi possível contactar com as autoridades do Cazaquistão.
Une pollution radioactive détectée en Europe fin septembre aurait son origine “entre la Volga et l’Oural”, selon
suretenucleaire</a> <a href="https://t.co/p7Z9fJGcVO">https://t.co/p7Z9fJGcVO</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/AFP?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#AFP</a> <a href="https://t.co/mVRx7kEug2">pic.twitter.com/mVRx7kEug2</a></p>— Agence France-Presse (
afpfr) November 10, 2017
“O que é realmente perturbador é o facto de mais de um mês depois, ainda não sabermos exatamente de onde vieram essas emissões radioativas”, afirma Bruno Chareyron da Commission for Research and Independent Information on Radioactivity.
O Ruthenium 106 é usado na terapia de radiação para tratar tumores oculares e é, também, utilizado como fonte de energia para satélites. Segundo a Agência Internacional de Energia Atómica nenhum satélite, alimentado por Ruthenium, reentrou na atmosfera naquele período de tempo.