Um afastamento pode comprometer o equilíbrio de forças no Senado, onde os republicanos têm uma frágil maioria de 52 assentos em 100.
O republicano ultraconservador Roy Moore, acusado de assédio sexual, não pretende afastar-se da corrida ao Senado americano.
Este antigo juiz nega as acusações de abusos avançadas por quatro mulheres, algumas das quais menores na altura dos alegados incidentes. Um dos episódios relatados foi em 1979.
Moore garante que nunca deu “bebidas alcoólicas a menores”, nem teve “comportamentos impróprios com quem quer que seja”. O senador do Alabama questiona também o timing destas alegações, a apenas 4 semanas das eleições a 12 de dezembro.
Não são argumentos que convençam aqueles que se manifestam pelo afastamento de um homem conhecido por posições controversas tendo, por exemplo, desafiado a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Um dos seus apoiantes salientava que Moore é inocente “até prova em contrário, porque é assim que funciona a lei americana e isso remonta à lei bíblica”.
Mas entre aqueles que participam nos protestos há quem diga esperar que “o povo do Alabama se imponha e eleja alguém decente”.
O afastamento de Moore pode comprometer o equilíbrio de forças no Senado, onde os republicanos têm uma frágil maioria de 52 assentos em 100.