Entrevista: Peter Godwin, jornalista, fala no "fim de um ciclo" graças a Grace Mugabe

Entrevista: Peter Godwin, jornalista, fala no "fim de um ciclo" graças a Grace Mugabe
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Um erro estratégico do presidente Mugabe e a ambição da mulher marcam o fim quase quatro décadas de Governo.

PUBLICIDADE

Quase quatro décadas à frente dos destinos do Zimbuabué poderiam chegar ao fim para Mugagem, por causa de um erro estratégico. E quando ainda pouco se sabe acerca do futuro do país, muitos dizem que a queda de Mugabe poderia explicar-se pelos ambições da mulher, Grace.

Em entrevista à Euronews, Peter Godwin, jornalista que bem conhece o Zimbabué, país onde nasceu, diz que nem Robert nem Grace estão nas boas graças da opinião pública:

#Mugabexit. #Zimbabwe.
Mugabe could have gone gracefully in 2008, in response to electoral loss. Instead he is humiliated. From TheFear. pic.twitter.com/8LA60psCyP

— Peter Godwin (@petergodwin) 16 novembre 2017

“Grace Mugabe não é nada popular e é até mesmo conhecida como Gucci Grace ou DesGraça e ainda Primeira Cliente (First Shopper) em vez de Primeira Dama”, explicou o jornalista à Euronews.

Grace Mugabe: Ambição e impopularidade

“As pessoas acham-na uma caça fortunas, uma arrivista. É realmente impopular. Mas ele também é muito impopular. Está no poder há trinta e sete anos. Todos estão fartos de Robert Mugabe”, continuou. Para Peter Godwin, tal como para muitos analistas, a saída dos Mugabe é apenas uma questão de tempo e até mesmo, de dias:

Possível acolhimento na África do Sul

“Agora, penso que estão a decorrer negociações acerca da saída do poder. Acerca das condições. Poderá Mugabe permanecer no país? Terá de renunciar de forma formal? Ainda que seja óbvio que não o fará de livre vontade, claro”.

O jornalista conta que mesmo o destino de Mugabe deverá ser abordado nas conversações. Mas, acima de tudo, explica Peter Godwin, este é o fim de uma era:

“Deverá ir para a África do Sul? Há muita coisa ainda por decidir. Por exemplo, que e como será substituído. Com recurso a um Governo de transição ou de Unidade Nacional? Seja como for, é um ciclo que chega ao fim”.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Macron anuncia apoio de três mil milhões de euros à Ucrânia durante visita de Zelenskyy a Paris

Mudança de liderança nas Forças Armadas divide ucranianos

Zelenskyy demite comandante das Forças Armadas da Ucrânia