Presidente do Níger detido em tentativa de golpe de Estado

Militares anunciaram golpe de Estado no Níger.
Militares anunciaram golpe de Estado no Níger. Direitos de autor AP/AP
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Chefe da diplomacia do Níger afirma: “nós somos as autoridades legítimas."

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Na capital do Níger, grupos de manifestantes saíram à rua em protesto contra a tentativa de golpe de Estado, que agora parece consumada, e em apoio ao Presidente.

Eleito democraticamente, Mohamed Bazoum foi detido por elementos da Guarda Presidencial.

A tentativa de golpe mereceu a condenação da comunidade internacional. A União Africana, França, EUA e a União Europeia condenaram a ação e apelaram à libertação do presidente e da família. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, também“condenou firmemente a mudança anticonstitucional do governo."

Os soldados do Níger, que dizem representar "forças de defesa e segurança", anunciaram na televisão que derrubaram o governo, dissolveram a constituição e fecharam as fronteiras.

O chefe da diplomacia do país, por outro lado, afirmou “nós somos as autoridades legítimas."

O presidente do Benin, Patrice Talon, país vizinho, está, ao que tudo indica, a caminho para mediar o conflito como representante da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (ECOWAS).

"Mesmo quando se faz o que não é aceitável, é preciso que possamos corrigir tudo através da paz. Essa é a nossa primeira opção. Pensamos que será um sucesso”, sublinhou Talon.

O presidente Mohamed Bazoum faz parte de um grupo cada vez menor de líderes pró-ocidentais na região do Sahel.

Foi eleito há dois anos, na primeira transferência de poder pacífica e democrática do país desde a independência de França em 1960.

Bazoum assumiu o comando de um país devastado pela pobreza e com uma história de turbulência crónica.

As ameaças à liderança podem minar os esforços do Ocidente em estabilizar a região.

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