Imigrantes nos EUA: O drama de uma família

Riaz Talukder nasceu no Bangladesh, mas é nos Estados Unidos que vive há 37 anos, ou seja, desde os 13. Só aos 20 anos soube que era um imigrante ilegal. Agora, com uma mulher a lutar contra um cancro e dois filhos menores, pode ser deportado para o país de origem. A euronews esteve com ele momentos antes da reunião com o gabinete de imigração. “Espero que fique tudo bem”, disse à nossa repórter.
O resultado da reunião não foi o mais satisfatório: O melhor que conseguiu foi um adiamento por seis meses.
“Se o meu pai for deportado, que vou fazer? O que vai fazer a minha mãe? E o meu irmão? Como vamos para o Bangladesh sem dinheiro?”, Pergunta o pequeno Radi, 11 anos, filho mais novo de Riaz.
Riaz faz parte dos muitos imigrantes indocumentados cujos casos não foram considerados prioritários pela administração Obama e que estão a ser deportados em massa pelo governo de Donald Trump. Muitos, como ele, foram para os Estados Unidos em criança, ou nasceram lá, e têm apenas vagas memórias (ou nenhuma) do país de origem.
O advogado da família acredita que podem ganhar mais tempo. “A luta está ainda no início. Estamos na fase inicial. Há moções que foram apresentadas agora e temos de deixar continuar o processo. Esperemos que essas moções sejam aceites. Se não forem, podemos interpor novos recursos e há outras moções que vamos apresentar depois”, diz Edward Cuccia.
Histórias como a desta família tornaram-se comuns na administração Trump. Desde janeiro de 2017, o número de imigrantes indocumentados e sem cadastro que foram deportados cresceu 30% em relação a 2016.
Com Michela Monte, em Nova Iorque