O militar que desertou no passado dia 13 para a Coreia do Sul recuperou esta quarta-feira a consciência, depois de duas operações para extrair as balas do corpo.
O Comando das Nações Unidas acusou esta quarta-feira a Coreia do Norte de violar o acordo de armistício com a Coreia do Sul, assinado em 1953 após a guerra entre as duas nações.
Num vídeo divulgado pelo organismo, que mostra a fuga do soldado norte-coreano que desertou no passado dia 13, é possível ver que o militar começou por fugir de carro e depois correu ao longo da zona desmilitarizada até ser atingido a tiro pelo menos cinco vezes antes de ser resgatado pelas tropas sul-coreanas.
Para o porta-voz do Comando das Nações Unidas, Chad Carrol, esta situação é uma prova inequívoca da infração do regime norte-coreano. “As principais descobertas da equipa de investigação especial são que o Exército Popular Coreano violou o acordo de armistício por disparar armas através da Zona Desmilitarizada e por atravessar temporariamente esta área”, afirmou.
Entretanto, a equipa médica sul-coreana que está a acompanhar o caso do soldado revelou que este recuperou a consciência após ter sido sujeito a duas operações para extrair as balas do corpo.
De acordo com os clínicos do Hospital de Suwon, na Coreia do Sul, o militar, cuja identidade não foi revelada, está bem de saúde e não vai morrer, embora o seu estado ainda inspire cuidados e evidencie sinais de trauma e depressão.