Capturas vão aumentar de 28 mil toneladas no próximo ano até um total de 36 mil toneladas em 2020
Contra o parecer da União europeia e com a oposição das organizações ambientalistas, a CICTA, Comissão Internacional para a Conservação dos Tunídeos do Atlântico, decidiu aumentar as quotas de capturas do atum-rabilho no Atlântico Leste e no mediterrâneo
Reunida em Marraquexe, a CICTA estabeleceu que as capturas vão aumentar de 28 mil toneladas no próximo ano até um total de 36.000 toneladas em 2020.
O Japão, o maior consumidor de atum do mundo, está satisfeito. “A recomendação cientifica é desta vez muito clara e decidimos com base nela . Por isso, penso que as Organizações não-governamentais estão muito agarradas ao principio da precaução”, refere o chefe da delegação japonesa
Os ambientalistas mostram-se perplexos com uma decisão que consideram alimentar os interesses da industria a curto prazo.
“Estamos muito desapontados em particular em relação ao atum rabilho do atlântico ocidental, que tem os stock esgotados. Um plano de recuperação termina no próximo ano e em vez de assumirem que esse plano não resultou e insistirem nele, abandonaram-no completamente”, diz Shana Miller, da Ocean Foundation.
“Acho que no fim de contas eles defendem em primeiro lugar os interesses da industria. Esta semana vimos recomendações e preocupações científicas muito fortes, juntamente com as organizações ambientalistas… e eles pouco quiseram saber”, argumenta Paulus Tak, da PEW Charitable Trust.
O Stock atual de atuns-rabilho adultos é de pouco menos de 500 mil toneladas.
The rise in catch quota for bluefin #tuna is unacceptable! #ICCAT has chosen short-term economic profit over a long-term conservation victory. https://t.co/HiSHlX7hsr#OurOcean#NatureAlertpic.twitter.com/P2eHQUwJzs
— WWF EU (@WWFEU) 22 novembre 2017