Polícia dispersou violentamente um protesto da oposição que continua a não reconhecer a vitória eleitoral do político.
O início do segundo e último mandato de Uhuru Kenyatta à frente da presidência do Quénia não acalma as tensões políticas e interétnicas dos últimos quatro meses no país.
A tomada de posse do político em Nairobi foi acompanhada de protestos da oposição, violentamente reprimidos pela polícia.
A vitória de Kenyatta com 98% dos votos mas apenas 39% de participação no escrutínio de Outubro continua a não ser reconhecida pelo líder da oposição, Raila Odinga, que ameaça autoproclamar-se presidente, após ter boicotado o sufrágio.
A polícia dispersou esta manhã um protesto da oposição em memória das vítimas da repressão policial dos últimos meses.
Desde a decisão do Supremo Tribunal de anular as presidenciais de Agosto por fraude e convocar novas eleições que os protestos da oposição foram marcados por 56 mortes.
O Supremo validou, no entanto, a vitória de Kenyatta no sufrágio de Outubro, inflamando a revolta da etnia Luo de Odinga contra o alegado monopólio do poder por parte da etnia Kikuyu de Kenyatta.