Menos casos de VIH/Sida por injeção de drogas

Menos casos de VIH/Sida por injeção de drogas
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De  Nara Madeira
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Portugal tem, hoje, muito menos casos de VIH/Sida ligados ao consumo de drogas injetáveis, A euronews falou com uma especialista do Observatório Europeu da Droga e da Toxicidependência, sobre a questão.

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VIH/Sida é, muitas vezes, significado de consumo de drogas injetáveis, como a heroína, e partilha de seringas. A situação em Portugal, há dez anos, era preocupante. O Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência dizia que o país era, na altura, e entre os da União Europeia, o que tinha mais novos casos de Sida ligados ao consumo de drogas. Atualmente a situação mudou:

"Temos os novos números para toda a Europa, no que diz respeito ao VIH/Sida, e é verdade que, em relação a Portugal, observámos, ao longo dos últimos anos, uma grande melhoria, já que houve muito menos pessoas a contrair o VIH/Sida, ligado à injeção de drogas, quando comparado com o que acontecia à alguns anos. Este ano há 30 novos diagnósticos do vírus, ligados à utilização e drogas, em Portugal. E a nível europeu há, este ano, cerca de 1000 diagnósticos", explicou à Euronews Isabelle Giraudon, do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, sediado em Lisboa.

A prevenção continua a ser a principal aposta, no seio da União Europeia. A questão da partilha de seringas continua a ser uma preocupação:

"O que funciona, de facto, no que diz respeito ao VIH/Sida, e às infeções ligadas à injeção, é pôr a funcionar serviços de troca de seringas, o que permite às pessoas que se injetam com drogas terem acesso a material esterilizado, que vai evitar que sejam infetadas e que transmitam essa infeção.

A partilha de seringas representa um risco muito grande de transmissão desses virús, que estão no sangue, portanto, vamos ter problemas de VIH, mas também o vírus da Hepatite C e B. 

O problema é que em alguns países europeus continuamos a ter pessoas que se injetam com drogas e pessoas que não têm acesso ao material, nem aos tratamentos", adiantou a especialista.

O problema que se coloca ainda nos países europeu é o do diagnóstico tardio de doenças como o VIH/Sida, como refere o relatório Europeu Sobre Drogas, e ressalva Isabelle Giraudon:

"Se por um lado foram feitos muitos progressos, por outro, este relatório que acaba de sair, por ocasião do Dia Mundial da Luta Contra a Sida, põe a tónica na necessidade de as pessoas se tratarem, e para se tratarem é preciso haver um diagnóstico da doença. Encorajamos as pessoas a não hesitarem em fazer o teste ao VIH e às outras doenças", afirmou Isabelle Giraudon. 

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