O alarme de um iminente ataque militar já não se ouvia desde a Guerra Fria neste paradisíaco território americano e a culpa é agora da Coreia do Norte.
O alarme de um iminente ataque militar voltou a ouvir-se no Havai, o paradisíaco território ultramarino dos Estados Unidos no meio do oceano. A ilha alberga o comando das forças militares americanas no Pacífico e as sirenes já não se ouviam desde a Guerra Fria e da, então, ameaça nuclear russa.
O som das sirenes não passou para já apenas de um teste ao sistema de altifalantes. Mas, perante o agravar da ameaça nuclear da Coreia do Norte, serviu para preparar os residentes e os turistas para um eventual ataque nuclear lançado pelo regime de Kim Jong-un.
O último ensaio de um míssil pela Coreia do Norte acabou no Mar do Japão, mas poderá ter utilizado um projétil intercontinental com capacidade para percorrer quase oito mil quilómetros e atingir o Havai.
Em caso de um ataque real da Coreia do Norte, estima-se haver cerca de 20 minutos entre o lançamento do míssil e o impacto da bomba na ilha.
O Comando do Pacífico deverá gastar cinco a perceber se é ou não um ataque real e os 1,4 milhões de residentes no Havai terão os restantes 15 minutos para procurarem abrigo de acordo com as orientações de emergência a serem transmitidas via rádio e televisão após a ativação do alarme.
Os habitantes da ilha estão instruídos para permanecerem em abrigos durante pelo menos 14 dias após a data do ataque ou até que recebam a informação de que é seguro deixar os refúgios, onde deverão ouvir em permanência as estações de rádio locais nas ondas AM e FM à espera de instruções oficiais.
Estima-se que de um ataque nuclear, pelo menos 18 mil havaianos seja mortos nos primeiros momentos após o impacto.
A partir desta sexta-feira, 01 de dezembro, no primeiro dia útil de cada mês, exatamente às 11:45 horas as sirenes de alarme nuclear vão ouvir-se.
É a partir de um abrigo com paredes de quase dois metros de espessura, escavado na rocha e na lama da cratera do vulcão Diamond Head, na ilha de Oahu, que vão ser acionados os altifalantes para fazer soar as sirenes.
O alarme vai ouvir-se em contínuo durante 50 segundos, seguido de uma pausa de 10 segundos e de uma mensagem gravada com a frase "attack warning" (tr.: "aviso, ataque em curso") durante outros 50 segundos.
Por enquanto, serão apenas testes ao sistema de alarme similares aos que o Japão também já iniciou há alguns meses após ter sido sobrevoado por um míssil lançado pela Coreia do Norte.