A União Europeia discorda totalmente da posição do Presidente norte-americano de reconhecer Jerusalém como capital de Israel .
A União Europeiab (UE) discorda totalmente da posição do Presidente norte-americano de reconhecer Jerusalém como capital de Israel e de transferir a embaixada dos EUA em Telavive para essa cidade, que os palestinianos também reclamam como sua.
“A UE defende que seja retomado um processo de paz sério que conduza à solução dos dois Estados. Consideramos que qualquer ação que prejudique esse esforço deve ser absolutamente evitada. Deve ser encontrada uma nova via para as negociações que permita resolver o estatuto de Jerusalém como futura capital dos dois Estados”, disse, na segunda-feira, Federica Mogherini, chefe da diplomacia do bloco.
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realDonaldTrump</a>'s recognition of a unified <a href="https://twitter.com/hashtag/Jerusalem?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Jerusalem</a> as the capital of Israel would be a reckless decision showing disregard for international law and Palestinian rights. <a href="https://t.co/DzrGMeSMDT">pic.twitter.com/DzrGMeSMDT</a></p>— AmnestyInternational (
amnesty) December 6, 2017
Portugal juntou-se ao coro de membros da comunidade internacional que consideram a ideia como potencialmente provocadora de uma nova onda de violência naquela zona do Médio Oriente.
“Não podemos acompanhar a decisão norte-americana de transferir a sua representação diplomática para Jerusalém. (…) Portugal entende que a solução dos dois Estados, o Estado de Israel e o da Palestina, coexistindo lado a lado, é a única solução capaz de ultrapassar o presente conflito israelo-palestiniano”, disse Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros.
Despite warnings from Western and Arab allies, Trump will direct the State Department to begin looking for a site for an embassy in Jerusalem https://t.co/zjk1wN8Dzxpic.twitter.com/O6CQ5G8jyx
— Reuters Top News (@Reuters) December 6, 2017
A parte oriental de Jerusalém, reivindicada como capital pelos palestinianos, foi anexada por Israel em 1967, num ato nunca reconhecido pela comunidade internacional. As Nações Unidas defendem que a cidade seja partilhada pelas duas partes.
Marc Pierini, analista político no centro de estudos Carnegie Europe, disse que “deverá haver uma posição unânime sobre o facto desta decisão prejudicar as já ténues esperanças de levar a bom porto o processo de paz isarelo-palestiniano. Trata-se de um recuo e vai criar riscos de segurança desnecessários”.
Pope Francis Calls for Respect of ‘Status-quo’ in Jerusalem, Warns of Inflaming World Conflictshttps://t.co/LCdpLo7qftpic.twitter.com/ys1DfepJPZ
— Haaretz.com (@haaretzcom) December 6, 2017
Já Daniel Schwammenthal, analista político pró-israelita no centro de estudos AJC Transatlantic Institute, considera que “a declaração de Trump simplesmente reconhece os fatos históricos e não impedirá a futura negociação sobre o estatuto de Jerusalém Oriental . Lamento, por isso, que a UE não esteja de acordo a declaração”.
A Liga Árabe já convocou uma reunião de emergência, no sábado, e o conselho de ministros de Negócios Estrangeiros da UE deverá analisar o caso na segunda-feira.