Abbas e Macron criticam posição de Trump sobre Jerusalém

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Com a decisão do Presidente Donald Trump sobre Jerusalém, "os Estados Unidos desqualificaram-se a si próprios" e "já não são um mediador honesto no processo de paz", considerou o presidente da Autoridade Palestiniana.

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Os presidentes francês, Emmanuel Macron, e da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, criticaram o reconhecimento pelos Estados Unidos de Jerusalém como capital de Israel, considerando respetivamente que Washington está isolado e que ficou desacreditado.

"Os norte-americanos estão marginalizados (no dossier), eu tento não fazer o mesmo", declarou Macron, numa conferência de imprensa com Abbas, no final de um encontro em Paris, adiantando que por não querer fazer o mesmo não ia reconhecer unilateralmente um Estado palestiniano.

Abbas declarou que não aceitará "qualquer plano" de paz para o conflito israelo-palestiniano da parte dos Estados Unidos "devido ao espírito partidário (da decisão norte-americana)" e do facto de ela constituir uma "violação do direito internacional".

Com a decisão do Presidente Donald Trump sobre Jerusalém, "os Estados Unidos desqualificaram-se a si próprios" e "já não são um mediador honesto no processo de paz", considerou o presidente da Autoridade Palestiniana.

Para o Presidente francês, "decidir unilateralmente reconhecer a Palestina" não seria eficaz. "Seria uma reação" à decisão norte-americana "que provocou agitação na região".

Macron, que se deslocará à região em 2018, lembrou a posição francesa de que "não há alternativa à solução dos dois Estados e não há solução sem acordo entre as partes sobre Jerusalém".

A decisão norte-americana divulgada a 6 de dezembro provocou fortes reações internacionais.

Na quinta-feira, o reconhecimento dos Estados Unidos de Jerusalém como capital de Israel foi declarado "nulo e sem efeito" por 128 países-membros da Assembleia-geral da ONU numa votação que decorreu na sede das Nações Unidas.

Entre os 193 países-membros da ONU, nove votaram contra a resolução, sem caráter vinculativo, e 35 optaram pela abstenção.

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