Turquia expandiu a impunidade aos leais de Recep Erdogan e as críticas ao Presidente vieram mesmo do seu ex-amigo íntimo Abdullah Gul, cofundador do AKP, partido de Erdogan.
Turquia expandiu a impunidade aos leais de Recep Erdogan e as críticas ao Presidente vieram mesmo do seu ex-amigo intimo Abdullah Gul.
Na origem do choque está um dos artigos do novo decreto que prevê imunidade aos civis que foram para as ruas para frustrar a suposta tentativa de golpe de Estado de julho de 2016.
A reação do partido de Erdogan, à crítica de Gul, surgiu através do vice-presidente do AKP, Ahmet Shorgun, que deixou uma advertência: "o nosso Presidente Erdogan expressou as suas ideias sobre esse assunto de forma muito educada em Sinop e Kastamonu. Por isso, a rosa que os seus amigos lhe enviaram pode ter espinhos".
Por seu lado, Abdullah Gul usou o twetter para expressar a opinião. "A ambiguidade que viola a linguagem jurídica no decreto de emergência n. 696 é preocupante para um estado constitucional," escreveu Gül a 25 de dezembro.
Num discurso em Kastamonu, a 30 de dezembro, o Presidente da Turquia manifestou grande azedume em relação aos comentários de Gul, cofundador do AKP de Erdogan. "Vergonha". "Como conseguiu entrar no barco de Kemal?" atirou Erdogan, associando Gul a Kemal Kılıçdaroğlu, líder do CHP, principal partido da oposição.