Em visita oficial a Kiev, ministro alemão dos Negócios Estrangeiros em funções, Sigmar Gabriel, disse que o que não faltava na região eram armas.
O ministro alemão dos Negócios Estrangeiros em funções, Sigmar Gabriel disse, em visita oficial à Ucrânia, que a Alemanha se encontrava "preocupada" com a venda de armamento da parte dos Estados Unidos ao país.
Gabriel referiu algum "esceticismo" quanto à eficácia da iniciativa norte-americana, nomeadamente no que à vendas de mísseis diz respeito.
Em conferência de imprensa com o homólogo ucraniano, Sigmar Gabriel disse que "o que não falta na região são armas" e que via o conflito a uma certa distância e "com alguma segurança."
Em resposta a Gabriel, Pavlo Klimkin, ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, explicou que as armas serão usadas "apenas para situações de defesa" e "nunca para ataque", já que isso iria "aumentar a tensão no conflito."
O ministro alemão dos Negócios Estrangeiros em funções insistiu na prioridade de Berlim: um acordo entre as partes que permita que sejam destacados para o leste da Ucrânia grupos de capacetes azuis das Nações Unidas. Uma medida que deveria ter lugar antes e março.
"Deverá ser uma missão armada forte, presente em toda a zona de conflito e não apenas na linha da frente", disse Sigmar Gabriel.
O conflito que opõe o exército ucraniano aos separatistas pró-russos, no leste do país, começou em 2014 e deixou cerca de 10 mil mortos em três anos. Apesar dos acordos de paz assinados em Minsk, em 2015, ambas parte se acusam de violações dos termos do acordo e de atos violentos.