O líder do Forza Italia não pode ser eleito primeiro-ministro, mas quer o apoio do Partido Popular Europeu.
O líder do partido Forza Italia (centro-direita) e três vezes primeiro-ministro esteve em Bruxelas para uma visita oficial de dois dias, vista por muitos, como uma operação de charme, com o Partido Popular Europeu como alvo.
Aos 81 anos, Berlusconi teima em permanecer no coração da vida política italiana. As últimas sondagens indicam que a coligação de direita, liderada pelo seu partido, poderia formar Governo, depois das eleições de março deste ano.
Para além do Forza Italia, a aliança conta com forças populistas anti-imigração, como o partido Frateli d'Italia e a Lega Nord. A imigração e o acolhimento dos refugiados marcam o debate político italiano quando falta pouco mais de um mês para as eleições.
Sobre o acolhimento do mais de meio milhão de italianos no Reino Unido, no quadro do brexit, Silvio Berlusconi encontrou-se com Michel Barnier, negociador da União Europeia. Berlusconi disse ter ficado satisfeito com o encontro:
"Garantiram-me que todos os Europeus, incluidos os 600 mil italianos no Reino Unido, continuarão com o mesmo regime de direitos que existe atualmente. Mesmo quando o Reino Unido deixar a União. E isso é importante."
Quanto aos imigrantes que chegam a Itália, Silvio Berlusconi disse que existem várias soluções para uma política diferente a respeito do fenómeno:
"Podemos aumentar o número de agentes nas fronteiras. Assim, poderemos criar *hotspots *em Itália. E contar com a presença de agentes oriundos de outros países europeus."
Mesmo que o centro-esquerda e a esquerda consigam formar Governo, Berlusconi pode ainda influenciar a vida politica italiana.