Presidenciais checas vistas da capital

Presidenciais checas vistas da capital
Direitos de autor 
De  Nelson Pereira
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A euronews mediu a temperatura eleitoral em Praga. Enquanto a província dá preferência à reeleição de Milos Zeman, na capital os ventos sopram a favor do candidato pró-União Europeia, Jiri Drahos

PUBLICIDADE

As presidenciais checas estão na reta final. O resultado do escrutínio deste fim-de-semana joga-se, antes de mais, entre um eleitorado de província que dá preferência à reeleição de Milos Zeman e os centros urbanos alinhados e população mais jovem em grande parte por Jiri Drahos.

A euronews mediu a temperatura eleitoral em Praga. Na capital, os ventos sopram a favor do candidato pró-União Europeia, mas não permitem esquecer que o país se encontra profundamente polarizado.

"Uma mudança poderia ser boa não apenas para o país mas também mostrar ao mundo que nós não vivemos alheados do que conta", disse à euronews uma residente.

Uma posição partilhada por um outro habitante da capital checa: "Gostaria de ver um bom presidente a funcionar e a governar o nosso país e a nossa sociedade."

Para o escritor e analista político Jiri Pehe, que foi diretor do gabinete político da presidência nos anos de governação de Vaclav Havel, a sociedade checa é afinal dois planetas.

"Diria que a divisão de fundo na sociedade checa é traçada entre pós-comunismo e modernidade. Penso que muitos eleitores de Milos Zeman são pessoas que estão ainda em certa medida enraizadas no passado, que temem os desafios da globalização e da modernidade e procuram proteção. Zeman oferece-lhes essa proteção de mão forte, enquanto os defensores de Drahos estão mais voltados para o mundo e são pró-europeus", disse Jiri Pehe à euronews.

"O resultado das presidenciais checas terá um impacto na Europa Centro-Oriental, nas relações com os três parceiros do Grupo de Visegrado - Hungria, Polónia e Eslováquia - e com Bruxelas. A questão é se teremos um coro nacionalista no Grupo de Visegrado unido contra Bruxelas ou se o próximo presidente liderará o país numa retórica política perturbadora dessa unidade", conclui a correspondente da euronews, Beatrix Asboth.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Apelo ao reforço da Operação Aspide de proteção dos navios do Mar Vermelho

Funcionário sueco da UE detido há dois anos no Irão

Líderes da União Europeia condenam ataque do Irão a Israel e apelam à contenção