O regresso à cultura de plantas que tinham desaparecido da paisagem está a combater a seca e a tirar famílias da miséria.
No Estado da Bahia, no Brasil, já houve um tempo em que este solo dava frutos. A seca, que dura há sete anos, acabou com a maior parte da produção. Foi uma tragédia para a família de Helena Santos, que vivia do que plantava: "Antes, tínhamos rendimento que vinha do milho e mandioca que cultivávamos. Agora, não", explica.
Com o apoio do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola das Nações Unidas (FIDA), o governo do Estado e os agricultores locais encontraram uma forma de combater a seca: Voltar às culturas nativas, resistentes à aridez. Plantas como o umbu e o licuri, que tinham desaparecido da paisagem, voltaram a ser cultivadas.
O regresso a estas culturas está a dar alento aos agricultores. Na época das colheitas e não só, há muito com que preencher o dia. Com os frutos obtidos com estas plantações, uma fábrica local está agora a produzir doces que adoçam não só a boca que quem os come, mas a vida de toda a comunidade. Espera-se que 400 mil famílias possam beneficiar deste programa.