Sobreviventes do tiroteio na Florida organizam marcha de protesto

Sobreviventes do tiroteio na Florida organizam marcha de protesto
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De  João Paulo Godinho
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Estudantes de todo o país vão juntar-se a 24 de março para exigirem a mudança na lei do controlo de armas.

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"Basta!"

É esta a mensagem dos sobreviventes do tiroteio mais sangrento de sempre numa escola nos Estados Unidos da América, depois de 17 pessoas terem morrido na última quarta-feira no liceu Marjory Stoneman Douglas, na Florida.

A contestação contra a classe política norte-americana e o peso do lóbi das armas cresce de dia para dia na população e no horizonte está já marcada uma ação de protesto de grande envergadura: "A Marcha pelas nossas vidas" promete mobilizar a 24 de março estudantes de todo o país para exigirem reformas no controlo das armas.

"Pessoalmente, chorei muito e isso transformou-se em raiva. Não em violência ou qualquer coisa, apenas raiva como uma motivação para realmente fazer algo", afirmou Angelina Lazo, uma das estudantes do liceu que escapou aos disparos do atirador.

Já Trexia Bonilla, mãe de outra aluna na escola, revelou que a filha "está traumatizada" e exigiu uma nova política para as armas no país: "Ela testemunhou coisas que nenhum filho deveria testemunhar. Não se trata de ter mais polícias. Não se resolve colocando forças de intervenção ou detectores de metais. Não é isso que importa. É, sim, mudar as leis das armas".

Entretanto, continua o luto pelas vítimas, com a realização de mais três funerais.

Recorde-se que 17 pessoas perderam a vida no passado dia 14 quando o suspeito Nicolas Cruz, de 19 anos, invadiu o seu antigo liceu - do qual havia sido expulso - com uma arma semiautomática AR-15 comprada de forma legal.

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