Sexo, mentiras e dados: O que esconde a detenção de uma jovem bielorrussa?

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De  Antonio Oliveira E Silva com EFE
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Anastasia Veshukevich foi detida na Tailândia. Diz que tem informações sobre o que define como "um escândalo político mundial."

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Uma modelo e alegadamente acompanhante de luxo bielorrussa, detida na Tailândia por trabalhar sem a autorização necessária, pediu ajuda às autoridades dos Estados Unidos.

Anastasia Veshukevich diz ter informações sobre a alegada ingerência da parte de Moscovo nas eleições presidenciais dos EUA, de novembro de 2016.

Veshukevich terá tido um romance com um milionário russo, que estaria relacionado com o esquema.

Publicou, na sua conta da rede social Instagram, uma mensagem em que assegura ter informações sobre o que definiu como "um escândalo político mundial."

"Vão matar-nos se a Tailândia nos entregar à Rússia," escreveu Veshukevich em infglês. Acusou ainda as autoridades russas de pressionar a Tailândia para que a entregue, assim como outras nove pessoas, detidas na mesma rusga.

De acordo com o diário Khaosod English, a acompanhente terá sido detida no domingo passado, em Pattaya, zona turística a sudoeste de Banguecoque, depois de participar num workshop definido como de "sexo avançado" com quem é descrito como um guru sexual russo, Alexander Lesley e mais oito pessoas.

A polícia tailandesa acusa-os, para além de trabalharem sem autorização, de atos indecentes.

Anastasia Veshukevich trabalhava para uma empresa de acompanhantes de luxo quando publicou fotografias e vídeos em que pode ser visto o milionário Oleg Deripaska, assim como o vice primeiro-ministro russo Sergei Prikhodko.

Uma vez conhecido o conteúdo, as críticas da parte da oposição não se fizeram esperar.

Informações sobre Deripaska

Já no centro de detenção, em Banguecoque, Veshukevich alegou ter informação importante sobre Deripaska, que trabalhou com Paul Manafort, antigo chefe da campanha do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante as eleições de 2016.

Até ao momento, não se sabe se a jovem tem, em seu poder, qualquer prova que lhe permita fundamentar as alegações.

Manafort no centro das investigações

Paul Manafort encontra-se no centro de uma investigação levada a cabo em conjunto pelo departamento de Justiça dos EUA e pelo FBI.

Investigam a alegada ingerência do Kremlin na campanha das presidenciais de 2016, assim como as possíveis ligações entre membros da campanha de Trump e funcionários russos. A colaboração entre Manafort e as autoridades dos EUA dura há meses.

Editor de vídeo • Antonio Oliveira E Silva

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