"Inferno" de Ghouta Oriental provoca reunião de urgência na ONU

Forças militares de Assad mantém, com apoio da Rússia, ofensiva em Ghouta
Forças militares de Assad mantém, com apoio da Rússia, ofensiva em Ghouta Direitos de autor REUTERS/Bassam Khabieh
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De  Francisco Marques com reuters
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Conselho de Segurança vai debater o incumprimento do cessar-fogo aprovado há duas semanas, mas suspeita do uso de armas químicas pelo exército sírio poderá dominar discussão

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O Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne-se esta quarta-feira de urgência, a pedido do Reino Unido e de França, para debater o agravamento da situação na Síria. A reunião irá decorrer à porta fechada, em Nova Iorque, por volta das 15:00, hora de Lisboa.

Em causa, nesta reunião, poderá estar sobretudo a suspeita do recente uso de armas químicas pelas forças sírias apoiadas pela Rússia na ofensiva contra Ghouta Oriental, o último grande bastião da oposição ao presidente Bashar al-Assad.

Os recentes bombardeamentos, com alegada participação russa, demonstram o incumprimento do cessar-fogo aprovado por unanimidade há duas semanas pelo mesmo Conselho de Segurança.

Equipas médicas no local dizem estar a assistir vítimas com problemas respiratórios após uma nova vaga de bombardeamentos na região, adensando as suspeitas de ataques em Ghouta com recurso a gás de cloro.

A Síria nega as acusações e acusa o ocidente de estar a criar histórias em desespero.

Ao jornal britânico The Guardian, fontes da ONU acusam a Rússia de estar a usar bombas menos eficientes no apoio à ofensiva síria em Ghouta para evitar ser implicada na operação.

Os comboios de ajuda humanitária ainda tentaram entrar segunda-feira na zona mais afetada pela ofensiva aérea, mas tiveram de fugir do local sem completar a entrega da ajuda devido a bombardeamentos na zona de Douma.

As Nações Unidas insistem na urgência de um cessar-fogo após a morte de cerca de uma centena de pessoas só na segunda-feira.

Desde 18 de fevereiro, de acord com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, já terão sido mortas nos ataques a Ghouta Oriental mais de 800 pessoas, das quais 178 seriam crianças.

Outras fontes • bbc, observatório sírio dos direitos humanos

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