Ex-presidente do Brasil continua a liderar sondagens das Presidenciais deste ano, ainda tem vários recursos a correr, mas condenação por corrupção aperta a malha
Lula da Silva viu recusado mais um recurso e está agora nas mãos do Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar começar já a cumprir a pena de prisão a que foi condenado por corrupção e branqueamento de capitais.
Esta terça-feira, a quinta turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou por unanimidade o pedido de "habeas corpus preventivo" solicitado pelos advogados do antigo presidente do Brasil para suspender a condenação, agravada já este ano de nove para 12 anos e um mês de prisão pelo Tribunal Regional Federal da quarta região (TRF-4).
Lula da Silva foi considerado culpado da prática dos crimes de corrupção passiva e branqueamento de capitais por ter alegadamente recebido um apartamento de luxo no Guarujá como suborno da construtora OAS, uma das empresas implicadas na Operação Lava Jato.
Embora continue a liderar as sondagens para as presidenciais deste ano, Lula da Silva ainda não sabe se poderá ser elegível para tentar o regresso ao Planalto, a sede da Presidência, em Brasília, onde o militante do Partido dos Trabalhadores "residiu" entre 2003 e 2011 como 35.° Presidente do Brasil.
(Infografia realizada pelo jornal Globo)
Uma condenação retira Lula da corrida, mas há ainda recursos por analisar. O mais imediato, no STF, mas depois ainda os recursos apresentados no TRF-4, que deverão ser analisados ainda antes de entrarmos em abril.
A defesa do ex-presidente pode ainda questionar a decisão desta terça-feira do STJ ou solicitar um novo "habeas corpus" no mesmo órgão de justiça. A esperança de Lula em manter a candidatura à presidência resiste, a luta nos tribunais continua e a campanha também.