Esta semana foi anunciada uma reunião entre Kim Jong-un e Donald Trump que a concretizar-se será histórica
As redes sociais voltaram a ser o aliado de ouro de Donald Trump para anunciar, no mundo virtual, o que o mundo real aguarda com expectativa.
"O acordo com a Coreia do Norte está bem encaminhado e será, se chegar a bom porto, muito bom para o mundo. Data e lugar a serem determinados." Foi assim que o presidente dos Estados Unidos se manifestou esta sexta-feira, no Twitter, depois do anúncio de um convite do líder da Coreia do Norte para uma reunião sobre o programa nuclear.
Trump aceitou a proposta, mas para os analistas não passa de um começo.
"A Coreia do Norte avançou muito na última década no que diz respeito à capacidade militar e de mísseis. Por isso estamos a começar de um ponto bastante diferente, o que significa que não podemos apenas desempoeirar os planos e os acordos de 2005 e 2007. De certa forma temos de começar de novo. Isso significa repensar o que é que queremos exatamente alcançar e como é que vamos chegar lá. Não pode passar-se, numa noite, do estado atual das coisas para a desnuclearização. Existe um processo técnico, político e diplomático extenso que tem de ser considerado", sublinha Toby Dalton, codiretor do programa de Política Nuclear do "think tank" Carnegie Endowment for International Peace.
Foi o Conselheiro de Segurança Nacional da Coreia do Sul, Chung Eui-Yong, quem fez na quinta-feira o anúncio, que correu mundo, do convite de Kim Jong-un. A reunião deverá acontecer até maio. Até lá, o mundo terá de aguardar em suspenso pelo Dia D.
Antes do tweet de Trump, a porta-voz da Casa Branca Sarah Sanders condicionou a reunião do Presidente dos EUA com Kim Jong-un a "ações concretas" por parte da Coreia do Norte.