Carles Puigdemont vai permanecer detido na Alemanha

Carles Puigdemont vai permanecer em prisão preventiva, na Alemanha.
A justiça germânica dispõe agora de 60 dias para analisar o pedido de extradição para Espanha.
A acusação contra o líder independentista não se encaixa entre os 32 delitos graves que exigiriam uma extradição imediata.
Cabe ao Tribunal Superior Regional de Schleswig-Holstein decidir se existem no direito alemão infrações similares às que motivam as acusações em Espanha.
Carles Puigdemont é acusado dos crimes de rebelião, sedição e desvio de verbas pela justiça espanhola, pela participação no processo de independência da Catalunha.
"Isto não significa que o Sr. Puigdemont seja extraditado já, mas que estamos, agora, no procedimento correto de extradição. Agora, vai verificar-se se o processo de extradição é admissível. Nós, enquanto Procuradoria-Geral, acompanhamos o processo." O tribunal de decisão é o Tribunal Superior de Schleswig", afirma o procurador de Schleswig-Holstein, Georg Guentge.
Carles Puigdemont foi detido, no domingo, na Alemanha ao entrar no país pela fronteira com a Dinamarca, após quase cinco meses foragido na Bélgica.
O advogado belga de Puigdemont, Paul Bekaert, conta que o líder catalão está "muito calmo".
A detenção do líder catalão ocorreu ao abrigo de um mandado de detenção europeu emitido por Madrid.
Caso a justiça alemã se decida pela extradição, Carles Puigdemont não poderá recorrer da decisão.